quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

CBTARCO lança programa ambicioso para conquistar medalhas no Rio em 2016

No último fim de semana, a Confederação Brasileira de Tiro com Arco reuniu um grupo de técnicos de vários estados brasileiros no CT de Maricá, para apresentar o "Master Plan 2016", com o objetivo de desenvolver os talentos brasileiros da modalidade para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016.

Infelizmente, o único registro escrito do "Master Plan" que se teve acesso, foi o relatório do Técnico Christian Haensell sobre o evento. Seria muito interessante que a CBTARCO publicasse a versão original do plano, de modo a evitar uma análise viesada sobre o assunto.

Pelo o que foi apresentado no relatório, o Master Plan é o resultado de um trabalho feito em colaboração entre a CBTARCO, COB e FITA e apresenta um planejamento plurianual de investimentos em infra-estrutura, equipamentos, viagens e manutenção de atletas, com metas bem estabelecidas para aqueles que serão selecionados residentes do futuro CT de Campinas.

O programa vem assinado por nomes de peso como o Espanhol medalhista de ouro em Barcelona 1992, Carlos Holgado; Peter Nieuwenhuis, ciclista holandês que disputou as olimpíadas de Montreal 1976 e Sebastian Pereira, judoca brasileiro, 5º lugar em Atlanta 1996.

O plano parece ser bastante completo, objetivando que os atletas possam se dedicar em tempo integral para a prática do esporte. Além disso, as exigências aos atletas vão se tornando maiores ao longo dos anos, com cortes programados, de modo que o Brasil tenha uma elite de arqueiros em 2016.

Entretanto, é importante lembrar que a base de atletas brasileiros ainda é muito pequena e pouco uniforme. É difícil se traçar um perfil exato do arqueiro brasileiro. Entre os principais atletas do ranking brasileiro há uma grande variedade de região de origem, faixa etária, nível de escolaridade e composição familiar. Para um programa exigente e de curto prazo como este, seria muito interessante contar com um grupo de jovens de idade na faixa dos 20 anos e que já tivesse um bom nível de pontuação.

Espera-se que o programa alcance o êxito esperado e que seus resultados não se resumam apenas às Olimpíadas de 2016. Que este programa possa estruturar o tiro com arco no Brasil, possibilitando o  surgimento de uma série de estruturas de apoio como lojas especializadas, técnicos, psicólogos esportivos e preparadores físicos.

Por fim, a CBTARCO deve evitar um foco excessivo no Plano e no CT de Campinas, orientando-se sempre pelo crescimento do número de praticantes da modalidade e apoio ao para-olímpico e ao composto, o que permitirá a perpetuação do alto nível da prática no país.


Um comentário:

  1. Como praticamente tudo que é feito pela CBTARCO, foi mais um evento às escondidas, com um público participante arbitrariamente selecionado e ZERO divulgação, quer do evento em si, quer de seus resultados. Os arqueiros do Rio de Janeiro (ao menos aqueles que não privam da realeza e de suas benesses "en petit comité") não foram informados de NADA! O que, lamentavelmente, não chega a ser nenhuma novidade... Alexandre C. Teixeira

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