segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Master Plan - Anunciada a Lista dos Convocados

A Confederação Brasileira de Tiro com Arco divulgou a lista dos 10 atletas convocados para participar do Master Plan no ano de 2011.

Masculino:
DANIEL REZENDE XAVIER
LUIZ GUSTAVO TRAININI DA SILVA
BERNARDO DE SOUSA OLIVEIRA
FABIO CARVALHO EMILIO
EDUARDO BALTAZAR
EDSON KIM

Feminino:
SARAH DE OLIVEIRA NIKTIN
CAMILA YURI HASEGAWA
ALINE MARTINS LATGE KWAMME
MARINA CANETTA GOBBI

Finalmente o Brasil terá atletas que poderão se dedicar exclusivamente a atirar. Boa sorte aos escolhidos e bons tiros.

A apresentação do Master Plan, feita pelo sr. Peter Nieuwenhuis, pode ser acessada pelo link.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Evolução do Tiro com Arco

Quem começou a pouco tempo no tiro com arco, muitas vezes não tem noção da evolução sofrida pelo esporte nos últimos 30 anos. Por isso eu convido a todos a fazerem o que eu fiz durante este fim de semana: pegar uma boa conexão de internet e assistir aos Technical Films das competições de tiro com aro dos jogos olímpicos.

Jogos de Moscow 1980
Jogos de Los Angeles 1984
Jogos de Seoul 1988
Jogos de Atlanta 1996
Jogos de Sidney 2000
Jogos de Atenas 2004

A experiência é fantástica, o fato de poder ver como os campeões do passado atiravam, sua técnica, seus equipamentos, seu comportamento, tudo isso é muito interessante. Além disso, há uma evolução da forma da competição, que em 1980 e 1984 era um duplo FITA, em 1988 adotou-se um sistema complicadíssimo com um ranqueamento por round FITA, que classificou os 24 primeiros que disputaram rounds de eliminação em que se atirava 36 flechas (9 à 90m, 9 à 70m, 9 à 50m e 9 à 30m) e a cada round, 6 arqueiros eram eliminados. Em 1996 já se utilizava o formato moderno do combate.

Neste período também é possível sentir o surgimento da Coreia do Sul como a grande potência do esporte. Infelizmente os jogos de 1980 e 1984 foram marcados pelo boicote, dessa forma, não foi possível ver os coreanos, nem os americanos (que dominaram em 1984) atirando em 80 e nem os soviéticos atirando em 1984. Em 1988, já sem boicote, os coreanos já haviam se consolidado como a principal força.

Outra coisa interessante é observar como as gerações de coreanas são renovadas, sem queda na qualidade técnica, em 1988, uma coreana de 17 anos Kim Soo-Nyung levou o ouro individual e por equipes, em 2000 foi a vez de Yun Mi-Jin, também de 17 anos que levou o ouro individual e por equipes e levando Kim Soo-Nyug (agora com 29 anos e dois filhos) a seu 4º ouro olímpico.

Vale a pena assistir aos filmes.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

CBTARCO lança programa ambicioso para conquistar medalhas no Rio em 2016

No último fim de semana, a Confederação Brasileira de Tiro com Arco reuniu um grupo de técnicos de vários estados brasileiros no CT de Maricá, para apresentar o "Master Plan 2016", com o objetivo de desenvolver os talentos brasileiros da modalidade para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016.

Infelizmente, o único registro escrito do "Master Plan" que se teve acesso, foi o relatório do Técnico Christian Haensell sobre o evento. Seria muito interessante que a CBTARCO publicasse a versão original do plano, de modo a evitar uma análise viesada sobre o assunto.

Pelo o que foi apresentado no relatório, o Master Plan é o resultado de um trabalho feito em colaboração entre a CBTARCO, COB e FITA e apresenta um planejamento plurianual de investimentos em infra-estrutura, equipamentos, viagens e manutenção de atletas, com metas bem estabelecidas para aqueles que serão selecionados residentes do futuro CT de Campinas.

O programa vem assinado por nomes de peso como o Espanhol medalhista de ouro em Barcelona 1992, Carlos Holgado; Peter Nieuwenhuis, ciclista holandês que disputou as olimpíadas de Montreal 1976 e Sebastian Pereira, judoca brasileiro, 5º lugar em Atlanta 1996.

O plano parece ser bastante completo, objetivando que os atletas possam se dedicar em tempo integral para a prática do esporte. Além disso, as exigências aos atletas vão se tornando maiores ao longo dos anos, com cortes programados, de modo que o Brasil tenha uma elite de arqueiros em 2016.

Entretanto, é importante lembrar que a base de atletas brasileiros ainda é muito pequena e pouco uniforme. É difícil se traçar um perfil exato do arqueiro brasileiro. Entre os principais atletas do ranking brasileiro há uma grande variedade de região de origem, faixa etária, nível de escolaridade e composição familiar. Para um programa exigente e de curto prazo como este, seria muito interessante contar com um grupo de jovens de idade na faixa dos 20 anos e que já tivesse um bom nível de pontuação.

Espera-se que o programa alcance o êxito esperado e que seus resultados não se resumam apenas às Olimpíadas de 2016. Que este programa possa estruturar o tiro com arco no Brasil, possibilitando o  surgimento de uma série de estruturas de apoio como lojas especializadas, técnicos, psicólogos esportivos e preparadores físicos.

Por fim, a CBTARCO deve evitar um foco excessivo no Plano e no CT de Campinas, orientando-se sempre pelo crescimento do número de praticantes da modalidade e apoio ao para-olímpico e ao composto, o que permitirá a perpetuação do alto nível da prática no país.


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Esporte na concepção do brasileiro

Outro dia, estava treinando no campo do Clube do Exército e enquanto caminhava para pegar minhas flechas no alvo, um carro passou ao lado e o motorista gritou: "Vai trabalhar, vagabundo!" O interessante é que não foi a primeira vez que isso aconteceu, na vez anterior, me pouparam do vagabundo.

Na hora fiquei chateado, uma vez que sendo neto de calvinistas europeus, sempre foi muito cobrado a me dedicar com afinco ao trabalho. Entretanto, o fato revela características da nossa sociedade: o esporte ainda não é considerado uma atividade "útil" e o brasileiro ainda está engatinhando no espírito esportivo.

Mesmo depois de brasileiros terem brilhado em esportes não convencionais (no caso do Brasil os esportes não convencionais englobam todos os esportes diferentes do futebol), como é o caso do Guga no tênis, do Scheidt na vela, do Bob Burnquist no skate, o brasileiro não consegue reconhecer que a prática do esporte é um ato nobre e altruísta por parte do atleta, que muitas vezes não recebe um centavo para engrandecer a imagem do Brasil.

Quem pratica qualquer atividade esportiva, sabe que para um atleta chegar a um alto nível de desempenho, são necessários anos de prática diária dedicada, sendo isso muito diverso da atitude de um vagabundo. O papel do atleta é extremamente útil para a sociedade como um todo, o atleta muda o nível de energia das pessoas que estão ao seu redor, disseminando boas práticas de saúde, de alimentação e de respeito.

A prática esportiva em organizações tem impactos profundos no grau de saúde dos indivíduos envolvidos. Melhor saúde implica em redução de gastos. Uma sociedade fisicamente ativa é uma sociedade mais saudável, mais eficiente. Acredito que seria desejável que o investimento do governo brasileiro nos esportes fosse maior, como uma aposta em uma sociedade melhor.

Quanto ao espírito esportivo ainda pouco desenvolvido, não é muito difícil arrumar exemplos de maus comportamentos: as brigas de torcidas no futebol são lugares comuns; me lembro de uma Copa Davis que fui assistir em que um tenista uruguaio interrompeu o saque várias vezes por causa da gritaria da torcida; na final do NBB do ano passado, a torcida de Brasília apresentou um triste espetáculo saindo no braço com alguns jogadores do Flamengo.

O atleta é o artista e o seu palco é o campo, a quadra, o tatame... o espectador deveria se resumir a aplaudir e se quiser influenciar os resultados, deve começar a praticar esporte seriamente. 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Bolsa Atleta 2010 - outras categorias

Recebi hoje resposta do Ministério dos Esportes de e-mail que enviei sobre a data da divulgação dos atletas contemplados nas outras categorias. Segue abaixo a resposta:

"Prezado Atleta

A lista das demais categoria será publicada no final de fevereiro.

Atenciosamente,
Equipe Bolsa Atleta.
"